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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Artes às traças! Sarau na Praça

Por Danilo Cerqueira*
   
       Estavam na sala do D.A. de Letras e Artes José Jerônimo de Morais, em meados do mês de fevereiro de 2009, alguns indivíduos da então gestão e do (de um) Grupo Letrarte. Estávamos reunidos às vésperas do mês da poesia (14 de março) para organizar nosso terceiro sarau.
      Fato: não tínhamos um nome para o sarau, mas já tínhamos um (novo) local. O que fazer diante da falta de criatividade para dar um nome ao nosso evento, o mais disputado e famoso das “anonimidades” da classe letrada da UEFS? Fomos in loco para ver se aspirávamos algum sugestivo incenso de vernáculo (ou não), suficiente para chegar a um nome pouco acima do ridículo para esse tal evento de letras. Assim, estavam (a certeza sempre falta aos que lembram às risadas) a menina da voz ritmada, o chato, o burocrata, o superintendente, o/a acompanhante, Maria bonitinha e Nenhum artista. Bem... Nenhum artista comparecer a esta narrativa quer dizer que alguma coisa séria sairia de lá. E saiu.
      Dirigimo-nos à praça do borogodó (popularmente alcunhada pelo nosso chato, se não me falha certa minúcia de memória) não necessariamente com essa formalidade. Todos lá, alguns sentados e outros a perambular pelo espaço aberto, contemplávamos toda a área da praça recém-construída. Esse seria o primeiro sarau de nosso grupo numa praça. Talvez por isso estivéssemos meio perdidos em encontrar um nome para o evento. Os dois anteriores, realizados em frente ao anfiteatro nos meses de agosto e outubro de 2008, foram por experiência um sucesso. Este precisava ter algum diferencial. Nossa! Precisávamos logo chegar a um nome, pois elaboraríamos um cartaz ainda para realizá-lo antes do dia da poesia.
      Agora, nas dependências da praça do borogodó, esse grupo haveria de chegar a um nome para o terceiro sarau do grupo Letrarte?!...
      Fomos todos para a parte mais baixa da praça e como que admiramos aquele espaço  com uma mesa grande e outras menores –, na parte mais alta e também mais próxima aos MTs do módulo 3. Olhávamos de baixo para cima, uma posição de altivez ou de avistamento, como que prestes a encontrar uma pedra e chegar ao chão... ou avistar uma nova morada para nossa inteligência.
      Todos concentrados: conversávamos bem desordenadamente sobre banalidades. Todos empenhados: ouvi alguns roncos de estômago (estava próximo do almoço). Entre a menina da voz ritmada e nenhum artista alguém rasgou nossa impotência cognitiva. Disse (creio que tenha sido o burocrata):
      ─ Arte às Traças!
      Lembro da Maria bonitinha completar exasperada:
      ─ Sarau na praça! coisa muito incomum em nossas Letras é uma (!) rima ambígua.
      Desescalarecidas as ambiguidades sobre quem seriam as traças e se era a arte na universidade que estava às traças fomos, regozijados com nossa mais nova criação, para a organização de nosso terceiro sarau:

Arte às traças!
Sarau na praça


*Danilo Cerqueira é Graduado em Letras Vernáculas pela UEFS, está fazendo especialização em estudos literários, também na UEFS, e integra a Comissão editorial da Revista Graduando.

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